emergência, apoio, redes de criação

 

A pandemia veio e tornou tudo diferente.

Mesmo que voltemos ao teatro como espaço físico, as galerias reabram, venha a vacina para todes, há algo que mudou na nossa relação com a vida. Estarmos juntos pela tela do computador ou do telefone nos mudou como artistas, curadores e público.

Que novos experimentos podem emergir desse “novo normal” de performances online? Temos a oportunidade de repensar o impacto ambiental e político de termos aberto essa janela virtual de colaboração e criação. Podemos projetar um novo ecossistema para as artes cênicas, especialmente para os artistas que estão fora da corrente principal de financiamento e turnês? Será possível um modo de trabalho que seja mais acessível e inovador em suas maneiras de chegar ao público?

Que dança podemos dançar na pandemia e no Brasil?

Panorama Jangada é um dispositivo emergencial de flutuação em mares revoltos. Como na embarcação ancestral, juntaremos peças que sozinhas não bastariam para flutuar, mas que unidas formarão uma plataforma flutuante temporária. Este ano o Panorama flutua em duas fases. No primeiro semestre teremos o Panorama Jangada, para artistas do RJ. No segundo semestre, a versão nacional e internacional Panorama Raft.

Com esta pequena iniciativa, financiada com recursos da Lei Aldir Blanc através da Chamada Emergencial nº 4/2020 – Fomenta Festival RJ da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, vamos apoiar cinco criações fluminenses com 18 mil reais cada. Serão obras feitas na emergência, mas que servirão de ponto de partidas para novas viagens de seus criadores.

A equipe de curadoria é composta por Nayse López, diretora artística do Festival Panorama; Keyna Eleison, diretora artística do MAM – Museu de Arte Moderna / RJ; e o movedor e coreógrafo paulistano Cristian Duarte.